quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Citando Ludwig von Mises


The severe convulsions of the economy are the inevitable result of policies which hamper market activity, the regulator of capitalistic production. If everything possible is done to prevent the market from fulfilling its function of bringing supply and demand into balance, it should come as no surprise that a serious disproportionality between supply and demand persists, that commodities remain unsold, factories stand idle, many millions are unemployed, destitution and misery are growing and that finally, in the wake of all these, destructive radicalism is rampant in politics.
The periodically returning crises of cyclical changes in business conditions are the effect of attempts, undertaken repeatedly, to underbid the interest rates which develop on the unhampered market. These attempts to underbid unhampered market interest rates are made through the intervention of banking policy—by credit expansion through the additional creation of uncovered notes and checking deposits—in order to bring about a boom. The crisis under which we are now suffering is of this type, too. However, it goes beyond the typical business cycle depression, not only in scale but also in character—because the interventions with market processes which evoked the crisis were not limited only to influencing the rate of interest. The interventions have directly affected wage rates and commodity prices, too.
And
All attempts to emerge from the crisis by new interventionist measures are completely misguided. There is only one way out of the crisis: Forgo every attempt to prevent the impact of market prices on production. Give up the pursuit of policies which seek to establish interest rates, wage rates and commodity prices different from those the market indicates. This may contradict the prevailing view. It certainly is not popular. Today all governments and political parties have full confidence in interventionism and it is not likely that they will abandon their program. However, it is perhaps not too optimistic to assume that those governments and parties whose policies have led to this crisis will some day disappear from the stage and make way for men whose economic program leads, not to destruction and chaos, but to economic development and progress.


Isto foi escrito em 1931. Mas podia ter sido escrito ontem!

A Intervenção do Estado na Economia.

O Estado, essa figura sábia e omnipresente, que tem que ensinar aos súbditos (sim súbditos, ou julgava que o estado éramos nós?) como devem gerir as suas vidas, e que quando estes não querem aprender tem que os forçar a seguir o caminho da luz, está recheado de exemplos de como as suas sábias instruções deram o resultado oposto ao pretendido, ou então não deram resultado nenhum. A seguir alguns exemplos.

"Ainda bem que o Governo desperdiça muito dinheiro. Deus nos livre se todas as suas iniciativas tivessem o resultado pretendido!"

Milton Friedman

A legislação do arrendamento urbano.
O Rei entendeu que deveria regulamentar o mercado das rendas no reino. Isso de as pessoas andarem para aí a fazer contratos de forma completamente discricionária e livre tinha que acabar. O Estado iria vomitar um conjunto de regras e procedimentos para educar as pessoas na forma correta de arrendar algo. Depois iria, na sua suprema generosidade com o património dos outros, agrilhoar os senhorios aos contratos com preços fixados pelo Estado. Isto serviria para defender os inquilinos, dar uma lição aos senhorios barrigudos, porque afinal o direito à habitação estava na Constituição.

Que resultados práticos teve este paternalismo do Estado? Alguém com um mínimo de seriedade pode afirmar que isto foi bom para os inquilinos? O que aconteceu ao mercado de arrendamento?

- Os inquilinos estão hoje em casas completamente degradadas, porque as "regras" estatais não permitem que façam a sua recuperação, e porque estão a pagar valores tão distantes do "valor de mercado" (entre aspas porque não há valor de mercado com tantas restrições ao arrendamento) que nem lhes passa pela cabeça mudar;

- Os potenciais inquilinos têm que pagar um prémio de risco altíssimo, porque o senhorio tem que levar em consideração não apenas os impostos, mas também a manutenção, o condomínio, o risco de incumprimento e o risco judicial;

- Alguns potenciais senhorios pura e simplesmente não colocam as casas no mercado porque o risco é demasiado elevado e tentam apenas a venda, fazendo mais pressão nos preços da habitação para baixo, num mercado claramente em crise;

- O estado, para emendar a mão, emite leis para corrigir os efeitos nefastos de outras leis, quando o caminho certo era eliminar as leis e deixar o mercado funcionar;

- Os senhorios serem ricos é uma falácia. Todos sabem e conhecem estes senhorios. São uns desgraçados que há uns anos a trás tiveram a pouca vergonha de aplicar as suas poupanças numa casa para receber um rendimento, tal como alguém faz um depósito a prazo, e se viram expropriados da maneira mais vil possível.

Isto foi bom para alguém?


(para continuar)

As falácias sobre a grande depressão!!!

http://mises.org/daily/5517/Out-Out-Damn-Depression-FDR-in-1938

domingo, 28 de agosto de 2011

Chile. Um exemplo de livre empreendedorismo

Em cima podemos ver a evolução do PIB Per Capita Chileno desde 1950 até 2009 comparado com o resto da América Latina.

O que salta logo à vista é que a partir de 1980 há uma aceleração no crescimento brutal que leva o PIB pc chileno a ultrapassar a toda a velocidade o resto da América Latina.

O que se passou para isto acontecer? O ditador Augusto Pinochet, decidiu implementar uma economia liberal, fugindo à corrente dominante do Socialismo na América Latina. Foram convidados Milton Friedman e Friedrich Hayek como consultores económicos para indicar qual a direção. E a direção foi a economia da mão invisível. A economia Chilena é o primeiro exemplo na América Latina do que uma economia livre pode conseguir em comparação com a vizinhança repleta de economias planeadas. Com uma nota: o Chile não foi bafejado pela sorte no que toca a produção de petróleo, ao contrário de muitos dos seus vizinhos.

Ainda vou procurar um gráfico que compara a economia Portuguesa com a Chilena desde 1974 para ver de que forma é que nós fomos de fato felizes na nossa escolha por um modelo económico Socialista. Mas já estou a adivinhar o resultado dessa análise.


PS. O Chile tem um dívida pública de 7% do PIB. A de Portugal anda pelos 90%!

domingo, 21 de agosto de 2011

Impostos e o seu efeito destruidor na economia!


Há uma parábola contada por Frederic Bastiat sobre uma criança que parte um vidro de uma loja e foge.

O dono da loja fica furioso, mas as pessoas que passam riem-se de toda a situação e comentam entre si que esta acção da criança trás mais bem que mal!

Argumentam que devido à acção da criança o dono da loja vai ter que comprar um novo vidro e isso vai trazer dinheiro ao vidraceiro que por sua vez o irá gastar em outros produtos e que eventualmente aquele dinheiro até irá voltar às mãos do dono da loja que o gastou inicialmente!

Parece ter toda a lógica (num sentido lato claro) esta argumentação, mas Bastiat argumenta uma outra coisa. Ele diz que o dono dessa loja estava a planear comprar um fato com o dinheiro que teve que gastar com o vidro e que por isso já não o pode fazer. Por sua vez o alfaiate que poderia esperar um novo cliente já não o teve e assim sucessivamente. Assim explica Bastiat, o partir do vidro pela criança não só não teve nada de positivo como ainda custou um fato à economia!

Isto serve para demonstrar duas coisas: o dinheiro não é o importante na economia, mas sim os bens e serviços que esta produz. A riqueza de uma economia vê-se pela quantidade e qualidade de bens e serviços que esta produz e não pela quantidade de dinheiro que nela circula. Numa economia imaginária de 5 pessoas que disputam 4 produtos, não adianta duplicar o dinheiro que cada um tem porque isso não vai criar mais produtos.

Toda esta conversa para dizer uma coisa. O montante total gasto com o estado deve ser altamente controlado e restringido, porque o estado não cria riqueza em sentido estrito, apenas a consome. Excepto claro nas economias puramente socialistas, mas ai a produtividade é absurdamente baixa. E a produtividade é muito importante porque foi isso que levou a URSS ao declínio. Um trabalhador rural russo tinha uma produtividade muito superior na pequena plantação lá de casa (Os governos soviéticos toleravam este tipo de iniciativa privada para que as pessoas produzissem pelo menos o suficiente para viver) do que nas plantações soviets. Porquê? Porque em casa trabalhava para si e não para a comunidade.

O montante de impostos pagos hoje nos países ocidentais é brutal em percentagem do PIB. E o seu efeito destruidor faz-se sentir em grande escala por toda a economia.

Há um conjunto de serviços que podem e devem ser feitos pelo estado, mas são muito menos do que aquilo que temos actualmente.

Acresce a isto um fato óbvio: Quanto maior o nível do estado na economia, maior a propensão para a corrupção. Porque multiplicam-se os cargos de pessoas "influentes", com poder de decisão sobre matérias. Todos sabemos a que me refiro. São as cunhas, os favorecimentos, as luvas, os sacos azuis, etc. Se queremos de fato combater a corrupção em Portugal temos de começar por baixo: reduzir o nº de entidades e pessoas intervenientes na economia sem serem agentes económicos legitimos.

É por isso importante reestruturar o mapa autárquico em Portugal. Não se trata apenas de reduzir o nº de Autarquias e Freguesias. Parece-me mais importante desenhar do zero e criar um sistema que sirva de fato as pessoas.

É importante também que o Estado redefina o seu papel. Deve ser regulador, mas nada mais. A privatização da maioria das funções é fundamental, mesmo aquelas que à partida poderiam não ser expectaveis.

Uma dessas funções a privatizar poderia ser a das conservatórias. Não há razão nenhuma para que isso não aconteça. Já tivemos a prova na forma como hoje os Notários funcionam. Funcionam muito melhor que há 10 anos e ainda têm que contar com a concorrência desleal das conservatórias que podem dar-se ao luxo de serem completamente ineficientes sem terem que se preocupar com as consequências financeiras disso.

Outro serviço a privatizar seria a aprovação e fiscalização de obras particulares. Pensemos nisto: será possível que funcione prior que agora? E é possível que fique mais sujeito a corrupção se for privado? Ao Estado caberia controlar os controladores, tal como faz com os notários, mas deixaria o mercado fazer o resto, até competir pelo preço.

Sobretudo é preciso desonerar a economia portuguesa deste vampiro. Há um limite para o volume de impostos que a economia como um todo está disposta a pagar. A partir desse limite acontecem 2 coisas:

- o volume de impostos afecta tão negativamente a economia que está retrai de forma a compensar o esperado aumento da massa de impostos;
- o nº de transações ilícitas explode. E todos sabemos que a propensão marginal para os países latinos fugirem aos impostos é elevadíssima.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Liberdade de escolha versus Coletivismo

Qual o sistema económico que mais promove a liberdade do individuo? Qual o sistema que melhor serve quem procura seguir o seu próprio caminho sem atravessar o caminho dos outros? Será que num sistema socialista há espaço para a liberdade? Ou há apenas a propaganda da liberdade até que acreditemos que somos livremente condicionados?

Algum sistema tem o direito de impor a sua filosofia a indivíduos contra a sua vontade?

A própria definição do socialismo é a Ditadura do Proletariado. Mas é o Proletariado que tem o poder num sistema destes? Os trabalhadores cubanos, ou ucranianos ou russos, etc, tiveram direito de escolha? E puderam em algum momento mudar de opinião? Há espaço para o individuo numa sociedade que torna coletivo todo o fruto do seu trabalho?

É possível haver uma cooperativa numa economia de mercado? E livre arbítrio numa comuna?

Em que ponto da história foi que o socialismo se apoderou do epíteto de defensor das artes e do engenho, quando a sua matriz é completamente adversa a este tipo de iniciativas?

Há algumas respostas nesta série de questões que não são de resposta linear, mas a sua maioria é extremamente simples de responder. Por vezes basta fazer a pergunta certa.

A expropriação sistemática do indivíduo e a esterilização da sua vontade de progredir e melhorar a sua vida são o coração do socialismo.

Uma pergunta final para um próximo post: A riqueza de um país mede-se pela quantidade de ouro ou moeda que possui?



Não há dinheiro Público!

A frase tem uma carrada de anos, mas podia ter sido dita ontem. Foi isto que Margareth Thatcher disse na conferência do Partido Conservador Inglês em 1983.




Era isto que nós precisávamos neste país. Precisavamos de alguém no poder que compreendesse que não existe dinheiro público, apenas dinheiro das pessoas. As pessoas têm que produzir produtos e serviços para, do bolo que adquirem com o seu trabalho, retirarem uma fatia para oferecer ao Estado. Em troca esperam as pessoas receber alguns bens essenciais como: Justiça, Segurança, Educação (mas não da forma que a temos agora) e supervisão da Economia.

Na prática as pessoas portuguesas são tributadas até à exaustão com o propósito de alimentar quem os tributa.

Não haja qualquer confusão: O dinheiro dos impostos dos portugueses, dinheiro ganho pelos contribuintes graças ao seu engenho e trabalho, que poderia ser investido ou gasto em um sem fim de coisas, serve apenas para alimentar o agente cobrador


Este blog pretende ser um local de discussão sobre caminhos para Portugal, mas desde já fica o aviso: sou um neo liberal radical e não concebo outra solução para o país que não seja o seu desprendimento completo da doutrina Ditatorial Marxista dos PCs e BEs. Também não acredito em CDSs, PSs, e PSDs. Acredito que estamos verdadeiramente encurralados por estes agentes cobradores, por estes parasitas sociais, por estes verdadeiros sociopatas. Portanto comecemos por aí: se fores Comunista ou Esquerdista ou até Politico então não vais gostar deste blog.